terça-feira, 20 de março de 2012

Resenha Crítica elaborada pela pos graduanda Giselle Etchalus de Carvalho




O livro Educação Infantil e Registro de Práticas da autora Professora Doutora em Educação  Amanda Cristina Teagno, publicado pela editora Cortez de São Paulo no ano de 2009;  foi escrito durante sua dissertação de mestrado apresentado na Faculdade de Educação na Universidade de São Paulo na linha de pesquisa didáticas, teorias do ensino e praticas escolares orientada pelo professor doutor José Cerchi Fusari . Esta obra faz parte da coleção Docência em Formação; série Educação Infantil.

Esta obra aborda o tema da importância dos professores de educação infantil produzirem os registros de suas práticas pedagogias nas salas de aula com o intuito de serem os autores e produtores de conhecimento podendo assim estabelecer um diálogo entre sua formação e prática profissional para que aja  através da reflexão uma melhoria na qualidade daquilo que  ensinam.

            A Introdução fala a respeito da atuação dos professores da educação infantil e do como o registro de sua práticas leva a reflexão, a pesquisa e a transformação do espaço escolar onde através do diálogo entre realidade e teoria  possibilita que tanto o professor como a criança sejam os autores e produtores de conhecimento assim construindo sua identidade e autonomia enquanto profissional e pessoa, que participa ativamente no processo de aprendizagem.

No capítulo um, o assunto é a construção do conceito da palavra registrar onde diferentes autores abordam varias formas de registro e como este serve para melhorar a ação pedagógica porque torna-se um meio para a elaboração do planejamento, possibilitando a reflexão e a avaliação de como melhorar o seu desempenho em sala de aula porque tem em mãos as produções das crianças.

No capítulo dois aborda a história da educação infantil no Brasil e em São Paulo e fala também sobre a importância do Registro no contexto da Escola Nova que é um documento que possibilita ao professor observar a criança e seu grupo em todas as suas especificidades, conquistas e aprendizagens e serve também como instrumento para a avaliação da criança e da prática do professor para a melhoria da aprendizagem. Já o registro de memória é a prática pedagógica do professor que o torna autor de suas práticas e que constrói sua história como professor deixando suas marcas para a melhoria da educação.

No capítulo três  fala sobre os vários registro de práticas pedagógicas que são: cadernos, fotos, planos de aula, desenho, bilhete, observações, livros, textos, protifólios, relatos de atividades que documentam tudo o que o professor realizou em sala de aula,é a documentação de sua história profissional e da evolução cognitiva das crianças.

No capítulo quatro e considerações finais relata sobre a importância do professor ser o autor de suas práticas pedagógicas e que o ato de registrar é fundamental para a reflexão crítica para um melhor desempenho profissional e também para acompanhar passo a passo como a criança aprendeu.

Após a leitura deste livro pude compreender melhor a importância do registro em sala de aula, uma vez que é o espaço muito rico em experiências, pois é onde acontece o desenvolvimento cognitivo da criança e da prática pedagógica do professor.

Concordo com a autora quando ela diz que o registro é sempre cheio de intenções por isso não é um ato neutro, então precisamos realiza-lo de forma crítica para podermos alcançar uma educação de melhor qualidade sem o rotulo de particular ou publica, apenas uma educação melhor para que sejamos mais valorizados por nossos governantes.






















segunda-feira, 19 de março de 2012

Pós-graduanda: Cilene Dias Basílio


Amanda Cristina Teagno Lopes Marques é pedagoga, mestre em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FE/USP) e doutoranda na mesma universidade. Participa do Grupo de Pesquisas sobre a Formação de Educadores (Gepefe – FE/USP). Atua como professora de Educação Infantil na prefeitura de São Paulo e assessora o Departamento de Normas Técnicas e Orientações Pedagógicas da Secretaria Municipal de Educação de Guarulhos.

Seu livro “Educação Infantil e registro de práticas” São Paulo: Cortez, 2009 - Coleção docência em formação da série Educação Infantil, é fruto de dissertação de mestrado apresentada á Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, na linha de pesquisa Didática, teorias do ensino e práticas escolares, sob orientação do professor doutor José Cerchi Fusari. A obra é uma tentativa de mostrar á sociedade e, especialmente, ás políticas públicas o valor da educação, dos professores, de suas práticas.

No Capítulo I, a autora inicia um diálogo com alguns autores, pesquisadores e professores que tratam da temática a fim de construir um conceito sobre o registro e suas diferentes linguagens. Neste capítulo nota – se o registro como formação continuada do professor, oportunidade que se tem de observar, refletir, perguntar, mudar e transformar sua prática, registrar e socializar suas experiências. Este capítulo proporcionou uma reflexão sobre a importância do educador identificar a criança como produtora de registros e marcas como forma particular de ver o mundo levando – o  a analisar a realidade e agir sobre a mesma.

No capítulo II, Registro de memória e a Memória do Registro relembraram o processo histórico oficial sobre a infância e a educação infantil em seu incansável esforço de garantir á criança o respeito a suas características e necessidades. Atualmente na historia da educação o registro é um instrumento essencial e norteador do trabalho do professor e requer um olhar cuidadoso e observador, o registro proporciona ao educador elementos para refletir e reavaliar o conteúdo proposto a fim de se alcançar uma aprendizagem mais significativa. Através do registro o educador faz historia, reconstrói teorias, e deixa sua marca para gerações futuras, contribuindo para o processo de formação educacional. 

No capitulo III, O Registro de Práticas Pedagógicas produzido por professores trata – se das inúmeras formas de registrar o desenvolvimento das crianças: fotos, cadernos, planos de aula, desenhos, bilhetes, observações, textos, livros, atividades enfim tudo que o professor utiliza e faz uso em seu trabalho, compondo um arquivo pessoal sendo ele proposto pela instituição ou como forma livre de reflexão e estudo.

No capítulo IV, Consideração final ressalta o professor como autor de sua pratica, e a escola como espaço de conhecimento e desenvolvimento pessoal, retoma o ato de registrar como uma tarefa essencial, porem, difícil e aberta a criticas e sugestões, onde cabe ao professor construir um ambiente favorável a descobertas e inovações.
 
           A leitura do livro em questão contribuiu em minha formação e acrescentou positivamente em minha prática pedagógica, embora já fizesse uso do registro diário em minhas aulas os relatos de experiências citados na obra me estimularam a escrever também sobre minhas praticas e compartilhar com meus colegas experiências construtivas. Recomendo a leitura a todas as pessoas envolvidas no processo de ensino aprendizagem

Pós-graduanda: Luciana Cristina da Silveira Rodrigues


Resenha crítica do livro Educação Infantil e Registros de Práticas (Amanda Cristina Teogno Lopes – Editora Cortez).

            De acordo com o livro Educação Infantil e Registros de Práticas de autoria de Amanda Cristina Teogno Lopes, o registro de práticas é uma tentativa de mostrar à sociedade, principalmente, às políticas públicas o valor da educação, dos professores e de suas práticas. Tendo com isso a educação como espaço de transformação, de mudança, de criação, de aprendizagem, de espaço de troca de conhecimentos entre pessoas que constroem história.
Segundo a autora, é por isso que falar em registros é fazer referência ao ato de escrever sobre a prática pedagógica. Esses registros podem ser feitos de diferentes formas como: plano de ensino, semanários, diários, relatório de acompanhamento e avaliação de alunos, relatos de atividades, projetos e outros. Mas o importante é que exista o registro docente, pois constitui instrumento favorável à reflexão e a construção de uma postura investigativa por parte do professor, contribuindo assim para o processo de formação.
De acordo com Freire (1993, p. 68):
Precisamos exercitar a capacidade de observar, registrando o que observamos. Mas registrar não se esgota no puro ato de fixar com pormenores o observado tal qual para nós se deu. Significa também arriscar-nos a fazer observações críticas e avaliativas a que não devemos, contudo, emprestar ares de certeza.
            A autora ressalta, ainda, que o registro tem um valor anterior e posterior à produção, vale como processo e como produto, pois registrar é produzir memória, memória das práticas escolares, é construir história, e ser sujeito, participando ativamente da sociedade e deixando uma herança as gerações futuras, tendo com isso a intenção de produzir conhecimento útil ao coletivo.
O reconhecimento do relato como modo de construção teórica defronta-se, com mais de uma dificuldade. Para que o relato entre no campo da ciência, é importante que ele seja público e, portanto, divulgado. Serão necessários ainda muitos anos para que o contexto de aceitação e de recepção permita aos práticos que escrevem assumir seu texto sem temor de represálias.
(Cifali e Hosfstetter, 1995, apud Cifali, 2001, p. 113)
            Sendo assim, a autora julga indispensável acreditarmos que o registro de práticas constitui instrumento essencial à construção da autoria e à sistematização de saberes construído pelo educador em seu trabalho diário e que a melhoria do ensino não depende unicamente do professor, mas de ações integradas por parte do sistema, das instituições escolares e da política educacional.

domingo, 18 de março de 2012

Pós-graduanda: Silvana Silva do Nascimento Mota


Educação Infantil e Registro de Práticas




Amanda Cristina Taengo Lopes Marques é autora deste livro intitulado “Educação Infantil e Registro de Práticas”. Publicado pela Editora Cortez Editora em São Paulo, possui 199 páginas e foi publicado em 2009 e faz parte da Coleção docência em formação. Série educação infantil. A autora é doutora em Educação, mestre em Educação, graduada em Pedagogia. Esta obra está direcionada aos profissionais da educação, principalmente educadores da educação infantil, pois, traz abordagens sobre a importância do registro docente como instrumento que favoreça à reflexão sobre as práticas pedagógicas possibilitando assim, a construção de uma postura investigativa por parte do educador desta forma, contribuindo para o processo de formação.
            Na Introdução Marques trata sobre o registro, mais especificamente o registro na educação infantil que faz com que o professor reflita sobre sua ação, seja autor de sua memória profissional buscando sempre a melhoria de suas práticas pedagógicas.
            O primeiro capítulo fala sobre o registro e a visão que alguns autores como: Paulo Freire (1993), Madalena Freire (1983,1996), Miguel Ángel Zabalza (1994), tem sobre o registro, expõe também falas de professores atuantes na Educação Infantil. Todos esses falam do registro como um instrumento que possibilita ao professor reflexões a respeito de propostas e encaminhamentos que ocorrem em uma sala de educação infantil, essas reflexões contribuem significativamente para a melhoria do processo, uma vez que o professor observa a evolução da criança e assim revê suas práticas, buscando melhorias, adaptações, mudanças, ou seja, repensa sua prática pedagógica. Discorre ainda sobre a importância de o professor ser um leitor, não apenas de textos e palavra escrita, mas também que seja um leitor de mundo, que possa interpretá-lo e tirar suas próprias conclusões, que seja crítico para que assim, seja capaz de se tornar um escritor preparado para fazer seus registros de forma crítica, após realizar uma leitura do seu trabalho.
O segundo capítulo trata sobre a história da Educação no Brasil, mais especificamente em São Paulo e principalmente dos primeiros olhares voltados para a Educação Infantil. Traz informações sobre as primeiras publicações sobre a primeira infância. Fala ainda sobre a não valorização da evolução cognitiva da criança, sendo observada, por meio de registros da época, a preocupação com o assistencialismo, e que após muitos anos pôde-se perceber um real interesse em registrar a evolução do aluno.
            A terceira parte do livro discorre sobre o registro de práticas pedagógicas, produzido por professores (cadernos de registro diário, portfólios e projetos), da importância desses registros para a construção da história do profissional educador. A autora analisa registros de seus trabalhos em anos anteriores bem como as observações realizadas diariamente referindo-se ao grupo, a crianças específicas e à atividade proposta, a fim de refletir sobre seus alunos, suas características, além de suas próprias dificuldades no encaminhamento do trabalho.
O último capítulo são as considerações finais da autora. Fala do papel do professor da educação infantil que vai muito além de cuidar, ele deve educar observar a criança atentando-se às suas dificuldades, seus progressos e que essas observações devem ser registradas para acompanhamento do desenvolvimento da criança e para que ele possa então, refletir sobre sua prática e procurar formas de intervenções adequadas para que os objetivos sejam alcançados. O professor deve ser autor de seus registros refletindo e valorizando sua prática.
Ao final da leitura percebe-se a real importância do professor como observador e autor. Capaz de observar suas práticas, diagnosticar dificuldades, refletir e propor novas estratégias buscando a excelência em seu trabalho. Para que isso não se perca faz-se necessário o registro, esse registro faz parte da história, da identidade do profissional educador.
Sabemos da real dificuldade encontrada no nosso dia a dia, e principalmente nos frustramos, pois conhecemos a importância do registro diário, e que o mesmo é fundamental para acompanhamento do nosso trabalho e do desenvolvimento da criança, mas nem sempre é possível realizá-lo, pois o trabalho na educação infantil requer totalidade de atenção voltada para as crianças e que ao final de um dia de trabalho, organização do ambiente e demais situações inerentes ao trabalho com a educação infantil, o tempo acaba sendo praticamente inexistente para efetuarmos o registro. Nos dias em que é possível realizá-lo, o tempo é curto e mesmo que o façamos fora da instituição muitas informações e detalhes se perdem.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Sobre a Educação Infantil

Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.

Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.

Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.